quarta-feira, 5 de novembro de 2008

PORTFÓLIO

PORTFOLIO

Há dois anos atrás ouvi a palavra portfólio pela primeira vez, tive a impressão que era algo terrível, pelo pânico que minhas colegas de trabalho estavam, comentavam o tempo todo que teriam que construir um portfólio para ser entregue no final do PIE (Curso se Pedagogia para Professores em Exercício no Inicio de Escolarização ), oferecido pelo Governo do Distrito Federal e Secretaria de Estado de Educação do DF, ministrado pela UNB (Faculdade de Educação).
Todas estavam apavoradas, sempre eu perguntava a uma ou outra colega e nenhuma sabia me explicar o que realmente o significado da palavra PORTFOLIO, pior ainda, não vi o produto final de nem uma delas.
No inicio do ano de 2008, fui presenteada por Deus com o curso de Alfabetização e Linguagem pelo CFORM ,uma das primeiras aulas foi sobre o tão temido “PORTFÓLIO”, descobri que não era tão difícil assim como falavam, adquiri logo o Manual do Portfólio (Um guia passo a passo para o professor ), de Elizabeth Shores e Cathy Grace, que esclareceu ainda mais e reforçou tudo o que o professor Leandro havia falado em sua de aula.
Aprendi que Portfólio é um instrumento de avaliação formativa, onde alunos, professor e família fazem parte do processo.
Segundo Harlen e James (1997), esse tipo de avaliação é conduzida pelo professor, onde os alunos exercem papel central, devendo atuar ativamente em sua própria aprendizagem, destina-se a promover a sua própria aprendizagem. Abandona-se a avaliação unilateral, onde somente o aluno é avaliado e apenas pelo professor.
Para Barton e Collins (1997) é importante que o aluno escolha seus trabalhos para saber que ele faz parte do processo.
O pertencimento do trabalho ao aluno ( eu pertenço).
Segundo Villas Boas (2004), os princípios básicos da construção do portfólio, permitem escolhas de tomadas de decisões; reflexão; análise constante de suas produções; auto avaliação, que é a sua avaliação processual; criatividade, onde o aluno escolhe a forma de fazer, onde lhe permite ser e fazer de formas variadas.
Batista (2006) relata sobre a comunicação, a processualidade, quanto a relação de tempo que valoriza as possibilidades de aprendizagem e a oralidade.
Para Klenowski (2003, p 116), os princípios norteadores são: Promover nova perspectiva da aprendizagem; é um processo que requer auto-avaliação e que encoraja a seleção e a reflexão do aluno sobre o seu trabalho; considera os professores como facilitadores da aprendizagem.
Quanto à duração pode ser construído durante um mês, um bimestre, um semestre, um curso, uma disciplina.
É possível se avaliar com a construção de um portfólio na Educação Infantil, com as devidas adaptações, dados, o nível de desenvolvimento dos alunos e a natureza das atividades.
O professor deve estar atento às reações das crianças para ele próprio descrevê-las no portfólio. Professores e alunos refletem conjuntamente, sobre o que foi aprendido.
Para que isso aconteça, o professor precisa ter o hábito do registro, inclusive no parque. Ter um olhar etnográfico, como disse a professora Rosineide Magalhães, em sua aula sobre etnografia.

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